Friday, August 3

Sexta-feira da Semana XVII do Tempo Comum


O profeta faz ouvir a palavra de Deus aos que entram no templo, para lhes dizer que o templo pode vir a cair, como outro já tinha caído, a fim de que o povo compreenda que não são os templos que trazem a segurança e a salvação, mas a palavra de Deus que lá é anunciada e que há-se ser acolhida no coração e posta em prática na vida de cada momento. O discurso de Jeremias desagrada vivamente a todos, que o condenam à morte, reconfirma as palavras, que não são dele, mas de Quem o enviou contra a sua própria vontade. No entanto, os que ouviram isto irritaram-se e ameaçaram com a morte o profeta. Assim aconteceu a Jesus: acusação semelhante de demolidor do templo.
É necessária uma conversão para poder descobrir Deus nos acontecimentos, nas pessoas, e também na sua omnipotência: talvez eles queiram escutar e se arrependa cada um do seu mau proceder.

A fé tem de ultrapassar a experiência dos sentidos: estes podem até dificultar a fé. Foi o que aconteceu aos conterrâneos de Jesus, que, à força de O verem no meio deles, não conseguiram penetrar mais profundamente e reconhecer n’Ele o Filho de Deus. Não souberam entender os sinais de Deus que Se manifestava no seu tempo e tão junto de si, não chegaram à fé, mas apenas ao aspecto material da experiência.
A atitude dos nazarenos é significativa de todos aqueles que procuram compreender Jesus, partindo unicamente do que pode saber-se sobre Ele: é da nossa terra, filho do carpinteiro, conhecemos a sua família, estudou na nossa sinagoga… Jesus foi incompreendido e desprezado, tal como o foram os profetas... O mesmo sucederá com os seus discípulos. Esqueceram-se que Ele era o Messias. Precisamos de ter uma visão sobrenatural para descobrirmos Deus nos acontecimentos e nas pessoas do nosso dia-a-dia.

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