Monday, March 5

Segunda-feira da Semana II da Quaresma


De novo, uma liturgia penitencial, que não é de estranhar neste tempo. Penitencial não quer dizer triste; quer dizer antes denúncia do pecado, chamamento à conversão, anúncio do perdão e da misericórdia do Pai. O primeiro passo na conversão é o reconhecimento, diante de Deus, da situação de pecador. E logo surge a oração humilde e confiante de quem pede o perdão, como a de Daniel, o cativo da Babilónia. Daniel volta-se para Deus relendo a história à luz da tradição deuteronomista: à infidelidade do povo segue o castigo. Mas, até quando terá Deus que castigar o seu povo? Só Ele sabe. Por isso é que o profeta faz a pergunta a Deus e limita-se a reconhecer que o castigo é merecido. Mas a confissão e o arrependimento do profeta não o levam ao desesperar, mas a esperar confiadamente o perdão divino.
Para sermos misericordiosos como Jesus nos pede, temos, em primeiro lugar, que reconhecer que somos pecadores: Nós pecámos, deixámos os vossos mandamentos e as vossas leis. Vivendo bem a caridade fraterna, as obras de misericórdia: Os frutos da caridade são: a alegria, a paz e a misericórdia.

O homem, feito em santidade à imagem de Deus, também agora, ao suplicar o perdão de seus pecados, há-de imitar o Pai das misericórdias, há-de perdoar a quem o ofendeu, como numa cadeia de amor, de Deus ao pecador, deste ao seu irmão. Como praticar esta misericórdia. É o que nos indicam os versículos que hoje escutamos. Quando nos arrependemos dos nossos pecados, nos dispomos a arrepiar caminho, e nos abrimos ao amor misericordioso do Pai, o seu perdão é um dom superabundante e por isso, também nos convém ser generosos no perdão aos nossos irmãos.
Depois, recebendo com frequência o sacramento da misericórdia, somos levados a ser misericordiosos como Ele e recebendo a Eucaristia, pois ela fortifica a caridade que, na vida quotidiana, tende a enfraquecer.

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